O que falta entre marketing, vendas e produto para construir uma estratégia comercial vencedora
Muitas empresas investem tempo, dinheiro e energia em campanhas, ferramentas e treinamentos de vendas, mas continuam enfrentando ciclos de receita instáveis, baixa conversão e clientes que não percebem valor real no produto. Em alguns casos, mesmo com boas equipes e orçamento robusto, os resultados simplesmente não aparecem ou vêm de forma irregular e insustentável.
A pergunta é inevitável: por que tantas estratégias comerciais falham?
A resposta está menos na execução e mais na estrutura invisível que sustenta (ou fragiliza) a operação. Falamos aqui de um problema estrutural e muitas vezes negligenciado: a falta de alinhamento real entre marketing, vendas e produto.
Mesmo em empresas modernas, com times ágeis e tecnologia de ponta, o velho hábito de trabalhar em silos ainda impera. Cada área segue sua lógica, seus indicadores e sua pressão. Marketing continua perseguindo leads qualificados (MQLs), vendas cobra contatos mais “quentes” e mais próximos da compra, e o produto corre atrás de bugs ou das prioridades técnicas do roadmap.
Tudo isso sem uma visão unificada sobre quem é o cliente ideal, qual dor estamos resolvendo e que experiência estamos realmente oferecendo ao longo da jornada.
O resultado é previsível:
Sem integração, até mesmo ações bem-intencionadas acabam virando ruído. A empresa começa a parecer desorganizada aos olhos do cliente e, de fato, está. Esse desalinhamento enfraquece a estratégia comercial como um todo, pois compromete a consistência entre atração, conversão e entrega de valor.
É comum ouvir frases como “temos reuniões semanais entre as áreas” ou “nossos times compartilham objetivos no OKR”. Mas vamos ser honestos: compartilhar metas no papel não significa integração na prática.
Alinhamento real acontece quando:
Sem isso, a empresa está apenas ocupada, não coordenada. E uma estratégia comercial vencedora exige coordenação fina especialmente em mercados complexos, com jornadas não lineares e concorrência agressiva.
Outro erro comum é se apoiar em vitórias isoladas. O time de vendas bateu a meta do mês? Ótimo. Mas esses clientes vão renovar? O CAC foi sustentável? O NPS se manteve?
Marketing pode estar entregando um alto volume de leads. Produto pode estar lançando novas funcionalidades. Mas se essas conquistas não se conectam numa narrativa única, o cliente não sente o valor e a empresa não cresce de forma sustentável.
A verdadeira eficiência vem da conexão entre ações e resultados:
Quando isso acontece, não só se constrói uma estratégia comercial vencedora — como ela se torna resiliente a mudanças no mercado, na concorrência e até no comportamento do consumidor.
Antes de pensar em playbooks, ferramentas, CRM ou metodologias de venda, o mais importante é garantir que as áreas estejam olhando para a mesma direção. E isso exige um outro tipo de conversa interna, menos focada em metas isoladas e mais em valor percebido pelo cliente.
Algumas perguntas úteis para iniciar esse alinhamento:
Esse tipo de questionamento é o ponto de partida para construir sinergia entre as áreas — algo que diferencia operações medianas de empresas que escalam com consistência.
Um dos maiores erros das empresas ao tentar corrigir problemas de desempenho comercial é agir antes de entender.
Trocar a agência, contratar SDRs, investir mais em mídia paga ou mudar a copy do pitch de vendas são soluções paliativas se o problema é estrutural. Sem uma base de integração real entre as áreas, qualquer ação é apenas mais uma camada de esforço em cima de um sistema desalinhado.
É por isso que a base de uma estratégia comercial vencedora é o diagnóstico. E esse diagnóstico começa pela honestidade: estamos, de fato, conectados internamente? Ou apenas dizendo que estamos?
Se marketing fala uma coisa, vendas promete outra e o produto entrega algo diferente, não é o cliente que vai dar um jeito nisso. Ele simplesmente desiste. E talvez nem diga o porquê.
Essa desconexão cria ruído, insegurança e frustração. O cliente sente que foi enganado mesmo que ninguém tenha feito isso intencionalmente. A incoerência mata a confiança, e sem confiança, não existe jornada, retenção ou crescimento.
A responsabilidade de conectar os pontos é da empresa. E isso exige mais do que boas intenções: exige processos, escuta ativa, revisão constante de mensagens e acima de tudo uma cultura orientada ao cliente.
No fim das contas, a estratégia comercial vencedora não nasce de um plano mirabolante ou de uma nova ferramenta. Ela é construída com base em conexões reais entre áreas, dados e decisões.
Ela emerge quando:
Antes de escalar, é preciso alinhar. Antes de acelerar, é preciso ajustar a direção. Essa é a diferença entre crescer com consistência ou apenas parecer ocupado.
Vamos conversar. Agende um diagnóstico gratuito e entenda o que está faltando entre marketing, vendas e produto para construir uma operação que realmente entrega valor.
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